12.6.08

Introdução

Atendendo as exigências do Curso de Ensino de Geografia e Estágio de Vivência Docente ministrado no 3º ano do Curso de Geografia na Universidade Estadual e Londrina (UEL) pela Prof. Dra. Rosely Sampaio Archela, este blog tem a intensão de servir como portifólio para o emsino em Geografia em seus mais variados temas. O portifólia é um novo método de ensino dentro das mais distintas disciplinas e agora atende também as demandas da Geografia.Neste portifólio serão publicado resumos, resenhas, fichamentos, artigos, planos de aula, avaliações e etc. Este espaço serve também como espaço para exposição de trabalhos e outros.

Resenhas, Cometários, Trabalhos e outras coisas mais

FICHAMENTO DE TEXTO - A Geografia na Escola

Objetivo do texto:
Mostrar o surgimento da escola com o lema educação para todos e a Geografia na escola desde a sociedade antiga até os tempos modernos através das suas transformações ao longo dos anos.

Metodologia do autor:
O autor utiliza-se do materialismo histórico dialético, pois há uma forte crítica em relação ao ensino da Geografia ao longo de sua fixação como ciência..

Idéias principais:
Ao longo de um contexto histórico, a educação chegou para todos e não ficou mais restrita somente para a elite, ela é uma das formas encontrada pela burguesia para combater os privilégios do clero e dos senhores feudais. O estopim de tudo aconteceu no iluminismo e no protestantismo, surgindo nesta época o modo de produção capitalista. No século XIX as escolas se firmam assumindo um caráter nacionalista e se implantam no interior de diferentes territórios na Europa, fazendo com que a História, a Geografia e a Língua nacional apareçam como disciplinas obrigatórias, pois elas são um importante instrumento para a classe social que estava preocupada com a sua hegemonia e com o movimento do capital que desejava consolidar o estado nacional através de uma delimitação de fronteiras demarcadas pela tradição e línguas comuns. A separação entre os aspectos sociais e a tendência de apresentar o espaço físico como algo insustentável, dificultam a percepção do funcionamento único desses dois aspectos responsáveis pela formação do espaço geográfico (ciência de síntese). O problema da dualidade colocado de forma tão marcante na geografia ensinada, representa um dos maiores obstáculos à pratica docente do professor interessado em desenvolver uma proposta pedagógica que dialeticamente as duas formas cognitivas propicie o conhecimento da totalidade social. As primeiras colocações de uma geografia sistematizada como um saber específico ocorrerá na Alemanha. A construção da geografia moderna vincula-se a duas determinações: a formação do estado nacional alemão e a expansão do sistema escolar. Lacoste implanta a geografia fundamental, praticada pelos estados maiores, empresas capitalistas e aparelhos dos estado, logo após surge a segunda geografia mais recente que é utilizada por pesquisadores universitários, como professores. Sendo assim a geografia universitária se desenvolve em função das necessidades das escolas e instituições do ensino médio.

Referência Bibliográfica:

FONTES, R.M.P do A.A geografia na escola.Florianópolis-SC,1989. p.20-47

Artigos e Textos Elaborados

Artigo - 2º semestre

Apresentado no V Encontro de Ensino de Geografia - UEL 2008

A Geografia ensinada nas escolas do MST:
Uma abordagem territorial


Valter Vinicius Vetore Alves - UEL
(vviniciusalves@hotmail.com)

Resumo
Este artigo tem como intuito demonstra a implantação de um projeto de pesquisa que visa estudar a metodologia pela qual é empregada o ensino de Geografia, mais precisamente sobre as abordagens territoriais, em escolas de assentamentos rurais do MST.
Como este estudo se trata de uma preposição sobre uma pesquisa não inicializada, os resultados e procedimentos não poderão ser tratados neste. Mas sim, a forma como que se pretende desenvolver um projeto de pesquisa.
A forma como que se dará essa abordagem, se refere ao fato de serem analisados diversos materiais didáticos – pedagógicos que são empregados nas escolas regulares e nas escolas mantidas pelo MST.
Com uma proposta que visa um processo de ensino-aprendizagem que faça com que a metodologia seja aplicável ao cotidiano dos assentados, o MST, propôs uma forma diferente de se desenvolver o ensino escolar à crianças que vivam nos assentamentos.
Contudo, podem acontecer casos em que não existam escolas dentro dos assentamentos. Dessa forma, as crianças assentadas freqüentam escolas regulares, sendo intuito também deste estudo, entender a forma que é trabalhada essa questão.
Palavras-Chave: Materiais didáticos – pedagógicos, MST, Território



Introdução

Este estudo não se trata apenas de uma abordagem comparativa entre os materiais didáticos – pedagógicos empregados nas diversas realidades sociais, mas sim de se entender como que se desenvolve o processo de ensino de Geografia com base nos materiais desenvolvidos pelo MST, como forma de se compreender a questão territorial em sua análise dentro do movimento.
O Ensino de Geografia em escolas que seguem um planejamento didático-pedagógico proposto por delegacias ou diretorias de ensino, que tem como base, primordialmente os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), apresentam uma conceituação superficial sobre a questão territorial, no que nos diz respeito ao entendimento de um recorte espacial que tem como justificativa as relações de poder.
É dessa maneira que Santos (2004, p. 109) conclui suas colocações entre a paisagem e o espaço geográfico, afirmando que:
“Não existe dialética possível entre formas enquanto formas. Nem, a rigor entre paisagem e sociedade. A sociedade se geografiza através dessas formas, atribuindo-lhes uma função que, ao longo da história, vai mudando. O espaço é a síntese, sempre provisória entre o conteúdo social e as formas espaciais. Mas a contradição principal é entre sociedade e espaço, entre um presente invasor e ubíquo que nunca se realiza completamente, e um presente localizado, que também é passado objetivado nas formas sociais e nas formas geográficas encontradas. (SANTOS, 2004, p. 109)

Partindo dos conceitos de localização e distribuição espacial é que Moreira (1997) define as práticas espaciais como relações contraditórias com a alteridade, sendo que a localização e a distribuição garantem o caráter geográfico da configuração do espaço materializada pelas práticas espaciais que ocorrem nas sociedades. Assim, podemos definir que as ações de localização e distribuição constituem-se em principio ontológico da construção do espaço (MOREIRA, 2002, p. 73).
Mas qual a relação entre espaço e território? Para essa questão, Moreira afirma que:
“... com o recorte, nasce o território. O recorte espacial é o princípio do conceito do território: o recorte qualificado por seu sujeito (o corpo). Qualificado como domínio do seu sujeito – o sujeito do recortamento - , cada recorte do espaço é um território. De modo que falar da relação entre espaço e recorte é uma forma teórica geral de falar da relação entre espaço e território”. (MOREIRA, 2006, 79)
No tocante à definição de espaço e território, Moreira (2006, p. 79) afirma que é comum haver hoje em dia uma grande confusão entre esses dois conceitos, que surge,
“[...] no ato de eleger o território, em vez do espaço, como referência teórica da organização geográfica da sociedade, quase como se houvéssemos nos esquecido de que a geografia, desde e por causa de Kant, é uma ciência da análise do homem, da natureza e da sociedade – e assim, da história -, a partir dos recortamentos do seu espaço.”
Assim:
“... vai-se do território ao espaço, porque do recorte ao todo espacial, de modo a ver-se aquele dentro do todo de que é recorte – pressuposto, assim, de analisar a sociedade mediante a escala diferencial dos seus territórios, numa espécie de retorno à Aristóteles”. (MOREIRA, 2006, p. 79)

Portanto, após uma breve conceituação do que vem ser o território, temos que entender a metodologia que ela é empregada nas escolas regulares e nas escolas que empregam as metodologias propostas pelo MST enquanto formação de seus estudantes.

A Justificativa

Com o fortalecimento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terras, temos também a sua consolidação enquanto movimento que tem uma preocupação social sobre a formação das crianças que vivem nos assentamentos regularizados pelo Governo Federal.
A preocupação básica dos coordenadores do movimento no que se refere a questão de criarem uma metodologia própria de ensino nas escolas dos assentamentos se refere ao fato de que: “a escola da cidade não ensina nossos filhos a trabalhar como camponeses, mas sim, a conceberem valores que acabam por afastarem da terra. Na nossa escola, queremos que o aluno ao aprender algo novo, leve ao pai e a mãe o que aprendeu, criando um vinculo com a terra, pois é dela que todos dependemos”. Essa fala foi dita por um membro do MST, hoje assentado no Assentamento Pontal do Tigre, em Querência do Norte, Paraná.
Como sabemos, nas pequenas propriedades é utilizada a força familiar para garantir a produção, sendo parte desta usada para a própria sobrevivência. Na medida em que esses camponeses foram se tornando reféns do capital industrial, a inserção do capitalismo no campo, acaba por tornar esses em capitalistas, estando submissos aos interesses do capital, muitas vezes perdendo suas terras e vendendo a única coisa que lhes resta, a força de trabalho. Esse processo conhecido como expropriação do camponês pelo capital é relato por Martins, que diz: “o principal da expansão do capitalismo no campo é transformar os camponeses em trabalhadores livres, isto é, libertos de toda propriedade que não seja a propriedade da sua força de trabalho, então como já não são mais proprietários dos instrumentos de trabalho nem dos objetos, das matérias primas, empregados no trabalho, não tem outra alternativa, senão a de vender a sua força de trabalho ao capitalista” (MARTINS, 1983, p. 152).
Contudo, não será e na totalidade dos assentamentos que iremos encontrar escolas montadas pelo Estado, como no caso do Assentamento Pontal do Tigre, em que o Governo Estadual mantém o Colégio Centrão, que tem como publico alvo, alunos do próprio assentamento ou de famílias que morem no campo.
Nos assentamentos existentes em Tamarana, não existe em nenhum deles uma escola enquanto prédio, sendo que os alunos que residem no assentamento, tem que se deslocar até a cidade, para ali estudar com os outros alunos regularmente.

Os Objetivos

Assim, temos como objetivo analisar a metodologia empregada para o ensino de geografia em escolas de assentamentos rurais do MST, dando ênfase sobre a abordagem territorial, como forma de entender como que se desenvolvem nos alunos destas unidades escolares a concepção de pertencimento ao um dado território, visto o vinculo intenso que os mesmo têm com a terra.
Outro objetivo vem a ser uma abordagem investigativa sobre como que está sendo empregado a metodologia proposta pelo MST, à seus alunos que hoje estudam em escolas “normais”, como no caso especifico de Tamarana.
Uma reflexão mais detida sobre a formação dos sem-terras como experiência de formação humana, o que quer dizer compreende-lo desde as reocupações especificas da pedagogia, aqui entendida como teoria e prática da formação humana, especialmente preocupadas com a educação das novas gerações, desde esse ponto de vista, olhar para a formação dos sem-terra é enxergar o MST também como um sujeito pedagógico, ou seja, coletividade e movimento, que é educativa e que atua internacionalmente no processo de formação das pessoas que o constituem.
Ver o MST como sujeito pedagógico significa trazer duas dimensões importantes para a reflexão da pedagogia, que por sua vez também podem ser vistas como componentes do movimento sócio-cultural maior em que se insere a formação dos sem-terras. É também na pedagogia, pois, que podemos identificar os sinais dessa cultura com forte dimensão de projeto. (CALDART, 2004, p. 316)
A história da educação no MST é uma caminha feita com teimosia e luta. Pela educação básica das crianças assentadas e acampadas, pais, professores, jovens e alunos muito tem trabalhado. As vezes juntos, as vezes cada um do seu jeito e com as condições de cada momento.
Nesse caminhar da educação dentro do MST, muitas experiências novas estão sendo desenvolvidas. Enfrentando as dificuldades com criatividade e disposição, estamos construindo um novo jeito de educar e um novo tipo de escola. Uma escola que se educa partindo da realidade; uma escola onde professores e alunos são companheiros e trabalham juntos – aprendendo e ensinando, uma escola que se organiza criando oportunidades para que as crianças se desenvolvam em todos os sentidos; uma escola que incentiva e fortalece os valores do trabalho, da solidariedade, do companheirismo, da responsabilidade e do amor a causa do povo. Uma nova escola que tem como objetivo um novo homem e uma nova mulher, para uma nova sociedade e um novo mundo. (MST, 2005, p. 31)

A Metodologia

Essa pesquisa terá como intuito, analisar a metodologia proposta pelo MST a serem empregadas nas escolas de assentamentos rurais, e também para alunos que pertençam a assentamentos.
Uma primeira abordagem se dará em uma breve conceituação sobre o ensino de Geografia no Brasil, com base em definimos a questão territorial e agrária proposta pelos PCN’s. Em um segundo momento, iremos analisar a metodologia proposta pelo MST, de forma que estas análises nos dêem parâmetros de comparação entre as duas propostas.
Além de uma discussão sobre as formas e didáticas contidas em cada metodologia proposta, se torna necessário também a vivencia em ambos estabelecimentos de ensino, uma vez que não nos basta ficar no âmbito da teoria, e sim, vermos na prática a empregabilidade de cada metodologia.
Por final, iremos estudar o caso especifico dos assentamentos em Tamarana, que por não existir uma edificação para abrigar os alunos dos assentamentos, estes acabam por freqüentar a escola existente na área urbana. Assim, nossa proposta também se refere a observamos se a metodologia criada pelo MST está sendo empregada aos alunos residentes nos assentamentos.

Considerações Finais

A pretensão deste trabalho, não se trata em criticar ou exaltar qualquer metodologia de ensino proposta, mas sim, de se conhecer e de se tornar capaz o aproveitamento das melhores propostas contidas em cada uma delas que atenda as reais necessidades de cada sujeito e de cada realidade.
Compreender cada realidade, de forma a se tornar útil para a empregabilidade no cotidiano de cada aluno, e não somente um conteúdo para ser aprendido para determinados exames.
As convivências com as realidades camponesas e urbanas se tornam efetivas, uma vez que teremos que ter base para a compreensão das melhores alternativas para cada um.
Portanto, esta pesquisa, tem como grande ênfase, a compreensão do entendimento da eficácia do ensino de geografia, seja qual a sua dinâmica e realidade.

Bibliografia Inicial

BRASIL. MEC – Ministério da Educação e Desporto: Secretaria da Educação Fundamental. PCN - Parametros Curriculares Nacionais: Terceiro e Quarto Ciclos – Geografia. Brasilia: SEF, 1998
BRASIL. MEC – Ministério da Educação e Desporto: Secretaria da Educação Fundamental. PCN - Parametros Curriculares Nacionais: Ensino Médio– Geografia. Brasilia: SEF, 1998
CALDART, Roseli Salete. Pedagogia do Movimento Sem-Terra. São Paulo: Expressão Popular, 3 Edição, 2004
CHAYANOV, Alexander V. La Organización de La Unidad Económica Campesina. Buenos Aires: Nueva Vision, 1974
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo; Perspectiva, 2005
KAUTSKY, Karl. A questão Agrária. São Paulo: Nova Cultural. 1986
LENIN, Vladimir I. O desenvolvimento do Capitalismo na Rússia. São Paulo: Nova cultural, (1989) 1985.
LENIN, Vladimir I. O desenvolvimento do Capitalismo nos Estados Unidos. São Paulo: Nova cultural, (1989) 1985.
MARQUES, Marta Inez Medeiros. A Questão Agrária Hoje e os Desafios do Governo Lula. In: AGRÁRIA,São Paulo: nº 1, pp. 37-54, 2004
MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil. Vozes: Petrópolis, 1983
_____________________. Reforma agrária: o impossível diálogo. São Paulo: Edusp. 2000.
MOREIRA, Ruy. As categorias espaciais da construção geográfica das sociedades. In Geographia, Programa de Pós Graduação em Geografia; Niterói: UFF, ano 3, nº 5, 2001
______________. Da região à rede e ao lugar: a nova realidade e o novo olhar geográfico sobre o mundo. In. ______________. Para onde vai a geografia? Por uma epistemologia critica. São Paulo: Contexto, p. 158-177, 2006
______________. O espaço e o contra-espaço: as dimensões territoriais da sociedade civil e do Estado, do privado e do público na ordem espacial burguesa. In. Território, Territórios. PPGEO; Niterói: DP&A, p. 72-107, 2002
______________. Os períodos técnicos e os paradigmas do espaço do trabalho. In. Ciência Geográfica; Bauru, nº IV, v. II – (16), maio/agosto, p. 4-8, 2000
______________. Sociabilidade e Espaço (as formas de organização geográfica das sociedades na era da Terceira Revolução Industrial – um estudo de tendências). In. Agrária; São Paulo: nº 2, p. 93-105, 2005
MEDEIROS, Leonilde Servolo. Reforma Agrária no Brasil: historia e atualidade da luta pela terra. São Paulo: Perseu Abramo, 1º Ed, 2003
MST. Setor de Educação do MST. Dossiê MST Escola: Documentos e Estudos 1990 – 2001. In: Caderno de Educação. São Paulo: Expressão Popular, n 13 Edição Especial, 2005
OLIVEIRA. Ariovaldo Umbelino de. Agricultura brasileira, transformações recentes. In ROSS, Jurandir Luciano Sanches (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.
___________________________. A longa marcha do campesinato brasileiro: movimentos sociais conflitos e reforma agrária. In Estudos Avançados 43 Dossiê Desenvolvimento rural, v.15, set/dez, 2001
___________________________. Agricultura e indústria no Brasil. Boletim Paulista de Geografia: nº 58, São Paulo, AGB, 1981.
___________________________. Barbárie e Modernidade: as transformações no campo e o agronegócio no Brasil. In. Terra Livre, ano 19, v 2, nº21 p. 113-156, jul/dez 2003.
___________________________. Modo Capitalista de produção e agricultura. Atica: 3ª edição, São Paulo. 1990
___________________________. Modo Capitalista de produção, agricultura e reforma agrária. São Paulo: Labur Edições/FFLCH-USP, 1 Ed, 2007
PAULINO, Eliane Tomiasi. Por uma geografia dos Camponeses. São Paulo: Edunesp, 2006
PAULINO, Eliane Tomiasi; ALMEIDA, Rosemeire Aparecida. Fundamentos Teóricos Para O Entendimento Da Questão Agrária: Breves Considerações In: Geografia. Londrina: vol. 9, n.2, p. 113-128,jul/dez 2002
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Mudança de poder na agricultura. In: Folha de São Paulo: Caderno Opinião, 01/11/2007
RAFFESTIN, Claude. Língua e Poder. In. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993, p. 97-118
SANTOS, Milton. A natureza do Espaço – Técnica e Tempo. Razão e Emoção. São Paulo: Edusp, 4ª Edição, 2004
______________. Por uma Geografia Nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. São Paulo: Hucitec/Edusp, 1978
SHANIN, Teodor. A Definição de Camponeses: conceituações e desconceituações. In: Manchester Universty (mimeog)
________________. La classe incómoda: sociología política del campesinato en una sociedad en desarrollo (Rússia 1910-1923) Madrid: Alianza Editorial, 1983.



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O que é Portfólio?

O Portfólio é a descrição de sua pessoa, composta por uma interface que corresponda a seus gostos e perfil.O mesmo poderá ser seu cartão de visita, on-line ou impresso, que irá muito além das ferramentas oferecidas pela informática.
A criação deste portfólio, por exemplo, tem o intuito de ampliar e registrar os conhecimentos do aluno, professor ou qualquer outra pessoa que esteja interessado no ensino da Geografia.
A junção entre Portfólio e blog resulta em uma ferramenta de grande uso , principalmente para estudantes do meio acadêmico, ajudando a aproximar e facilitar a comunicação entre professores e alunos, além de ser um estimulante para pesquisas e na troca de informações com pessoas de diferentes partes do país e do mundo.
Assim, o Portfolio é uma estratégia, é um diário de aprendizagem onde registramosconstantemente, a partir da pesquisa, uma seleção de amostras do nosso trabalho, nossas dúvidas e nossas conquistas, o que nos leva à descoberta do mundo do conhecimento.

BIBLIOGRAFIA:

Disponível em:

http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/160_mar03/html/material
http://www.uberaba.mg.gov.br/websemec/formacao/portifolio.pdf.
http://www.imasters.com.br/artigo/3153/teoria/portfolio_inimigo_ou_aliado
Acesso em : 07/06/2008

Plano de aula

Aluno Estagiário: Valter Vinícius Vetore Alves
Duração da atividade: 30 min
Aula ministrada ao: Ensino Fundamental - 5ª Série
Conteúdos: A estrutura da Terra
Disciplina: Geografia

Objetivos

Objetivo Geral: Passar aos alunos os conceitos básicos sobre a estrutura terrestre e sobre seu constante movimento.Objetivos específicos: Entender como se formou a crosta terrestre. Conhecer as camadas que compõem a Terra. Compreender como a superfície está em movimento, alterando sua forma, e muitas vezes, causando destruição.

Plano de aula detalhado - OFICINA, passo a passo

2º semestre - OFICINA - Passo a passo




1. Identificação:
Série: 7ª Série do Ensino Fundamental
Tema da aula: Estudo do Meio – Localização e percepção espacial

2. Objetivos:

Com base na apresentação de alguns conceitos e discussões pertinentes ao assunto, o objetivo da aula é fazer com que os alunos saibam se orientar através de mapas, utilizar instrumentos de orientação (no caso, a bússola) e analisar o espaço à sua volta com um olhar crítico.

3. Conteúdos e conceitos a serem trabalhados:

Por tratar-se de uma aula prática, partiu-se do pressuposto que os conteúdos teóricos já teriam sido dados na aula anterior, no qual o professor apenas se encarregaria de apresentar a bússola aos alunos, explicando-lhes como usá-la.

4. Procedimento / Metodologia:

Partindo do pressuposto que os alunos já tenham tido uma explicação teórica sobre o assunto, busca-se através da entrega de algumas imagens de satélite (retiradas do Google Earth), que cada grupo localize-se no mesmo e anote a trajetória que irão fazer no roteiro pré-estabelecido pelo professor, no trabalho de campo. Após situarem a região ‘norte’ no mapa e saberem do roteiro a ser seguido por cada grupo, os alunos devem anotar alguns elementos positivos e negativos vistos durante o trajeto, além de apontar possíveis sugestões para solucionar os aspectos negativos encontrados por eles. Esse trajeto deverá ser realizado em aproximadamente 20 minutos e em seguida o professor coleta os dados anotando-os na lousa para discuti-los na sala.

5. Passo-a-passo:

1° Passo - Introdução:
Tendo como base o texto de Sandra T. Malysz "Estágio em parceriauniversidade-educação básica", com enfoque no capítulo "Estudo do Meio", desenvolvemos a atividade "Estudo do Meio - Localização e percepção espacial".Diante da importância que existem em conseguirmos nos orientar no espaço em que estamos, acreditamos que este trabalho é de relevância para os alunos. Além disso, analisar o que está ao nosso redor com um olhar crítico sobre ele, também se torna fundamental, para que possamos fomentar em cada um de nós a busca de informações, soluções e até mesmo contestar aquilo que for de interesse.Aplicando essa idéia na sala de aula, buscamos familiarizar o aluno com o ambiente à sua volta, na tentativa de criar um novo olhar sobre ele.2
º Passo - Desenvolvimento
Relacionar o conteúdo teórico dado anteriormente com a atividade prática oferecida. Em seguida, distribuir uma bússola por grupo, juntamente com um mapa ou imagem (aérea/via satélite) para que ambos possam se localizar. Sendo assim, os alunos deverão indicar a região 'norte' neste mapa.Em seguida o professor deverá estipular um roteiro para cada grupo e solicitar que estes marquem no mapa o trajeto seguido, e também, anotar alguns aspectos positivos, negativos e possíveis soluções para aquilo que puder ser melhorado, ao observarem este percurso.Após estipular um tempo para isso, o professor deverá se reunir com os alunos e discutir com eles o que foi observado e comentar sobre as devidas anotações, mostrando a importância do olhar crítico sobre o meio em que vivemos. Para isso, o ideal é que o professor anote no quadro negro o que cada grupo observou, para facilitar a dinâmica realizada.A atividade deverá ser finalizada após esse debate.

6. Objetivos:

Aprender a usar a bússola. Saber se orientar através de mapas (ou outra representação espacial). Aguçar o olhar crítico. Familiarização com o meio. Promover o espírito renovador

7. Materiais:

Quadro negro e giz
Mapa (ou outra representação gráfica do meio a ser percorrido)
Bússola
Caneta ou lápis
Cronômetro ou relógio

8. Conclusão:

Concluir a atividade mostrando o grau de importância que é saber nos localizar no meio em que estamos, além da necessidade de lançarmos um olhar crítico sobre ele, para que possamos identificar o que há de bom e quais são os problemas encontrados e que muitas vezes passam dispercebidos por nós, juntamente com a noção de que como cidadãos podemos cobrar e colaborar para as devidas melhorias do local afetado.José William Vesentini, diz que:
Um ensino crítico da geografia não se limita a uma renovação do conteúdo – com a incorporação de novos temas/problemas, normalmente ligados às lutas sócias: relações de gênero, ênfase na participação do cidadão/morador e não no planejamento, compreensões das desigualdades e das exclusões, dos direitos sócias (inclusive os do consumidor), da questão ambiental e das lutas ecológicas etc. Ela também implica valorizar determinadas atitudes – combate aos preconceitos: ênfase ética, no respeito aos direitos alheios e às diferenças: sociabilidade e inteligência emocional – e habilidades ( raciocínio, aplicação/ elaboração de conceitos, capacidade de observação e de critica etc. (VESENTINI, 2004)

9. Referencias bibliograficas:

MALYSZ
, S. T Estágio em parceria universidade-educação básica.
VESENTINI, José William. Realidades e perspectivas do ensino de Geografia no Brasil. ___In:VESENTINI, José William (Org.). O ensino de Geografia no século XXI. Campinas, SP: Papirus, 2004. p. 219-248.

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Aluno Estagiário: Valter Vinícius Vetore Alves
Duração da atividade: 30 min
Aula ministrada ao: Ensino Fundamental - 5ª Série
Conteúdos: A estrutura da Terra
Disciplina: Geografia

Objetivos

Objetivo Geral: Passar aos alunos os conceitos básicos sobre a estrutura terrestre e sobre seu constante movimento.

Objetivos específicos: Entender como se formou a crosta terrestre. Conhecer as camadas que compõem a Terra. Compreender como a superfície está em movimento, alterando sua forma, e muitas vezes, causando destruição.

Metodologia

1. A partir da exposição de um mapa físico pendurado no quadro-negro e de uma imagem de tectonismo de placas no retro-projetor, procura-se analisar que a Terra não é uma estrutura homogênea como vemos normalmente em mapas diversos.
2. Com esta exposição espera-se analisar junto aos alunos quais são as conseqüências desse tectonismo de placas para a vida do homem que habita sob esse planeta.
3. A partir dessas observações vem à proposta a compreender a dinâmica da estrutura interna da Terra em suas subdivisões.
4. Para encerrar, aplicar um questionário individual com quatro questões em forma de pergunta e resposta onde em forma descritiva os alunos poderão discorrer sobre o que assimilaram com relação às placas tectônicas, seus impactos na vida humana e a estrutura interna da Terra que a movimenta constantemente.

Recursos

Quadro negro
Giz
Retro-projetor
Mapa Mundi físico
Livro didático

Avaliação

Como forma de avaliação será cobrada a participação do aluno em sala de aula e será aplicado um questionário com aproximadamente quatro questões a ser entregue na próxima aula.

Bibliografia

SAMPAIO, Francisco Coelho. Geografia do Século XXI: Navegando no Planeta Azul. São Paulo: Ed. Ediouro, 2002.MAGNOLI, Demétrio. Géia: Fundamentos da Geografia. Ed. Moderna, 2001.TEIXEIRA, Wilson – Decifrando a Terra. 2ª ed. São. Paulo: Oficina de Textos, 2003.

Vivência Docente (Estágios na Escola)

Observação - 2º semestre - 1ª, 2 ª e 3 ª série do ensino médio.

INTRODUÇÃO

Mais uma vez, atendendo ao pedido da disciplina de Ensino de Geografia e Estágio de Vivência Docente, ofertada no 3º ano do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina e ministrado pela Prof. Dr. Rosely Sampaio Archela, este relatório tem como objetivo a discrição da observação realizada em sala de aula entre os dias 06 e 14/11/08 na 1ª, 2 ª e 3 ª série do ensino médio do Colégio Estadual Willie Davids no período da noite. Sob a supervisão do Prof. Alexandre Orsi (professor formado pela UEL) foram observadas 10 aulas da disciplina de Geografia, onde foi possível analisar além do conteúdo ministrado em sala aula, atividades desenvolvidas pelo professor, atividades desenvolvidas pelos alunos e alguns temas de suma importância para construção de uma carreira docente futura. Entre alguns temas, podem-se analisar também temas como indisciplina, sexualidade, violência e outros.A observação feita pelos discentes Valter Vinícius V. Alves e Lucas Gusmão Mendes tem como finalidade aproximar os mesmos da realidade escolar e analisar empiricamente todos os problemas levantados teoricamente em sala de aula nas discussões em grupo e nos textos lidos.

OBSERVAÇÃO E ANÃLISE


A observação foi realizada nos dias 06, 07. 13 e 14/11/08 em três turmas de 1ª, 2 ª e 3 ª série do ensino médio. As turmas 1ºD, 2º C e 3º B. Dessa vez, diferente da primeira observação realizada na primeira metade do ano, tivemos a oportunidade de observar três turmas diferentes, onde foi evidente diferenças desde o comportamento dos alunos até o interesse e atenções dos mesmos dentro de sala de aula. Um ponto positivo que acho necessário constar é que por termos assistido três aulas em cada turma e 4 em uma em especial, podemos ter um maior contato com os alunos, podendo nos aproximar de alguns e identificar vários perfis de alunos como os disciplinados e indisciplinados ou o “aluno-problema”.


PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA AULA

As três primeiras aulas observadas foram consecutivamente na 1ºD, 2º C e 3º B numa sexta-feira chuvosa, o que fez com que houvesse uma diminuição na presença dos alunos em sala de aula. Neste dia o que ocorreu nessas aulas foi à apresentação de uma das chapas concorrentes para a eleição do novo diretor e vice-diretor do colégio que tinha como membro participante o professor Alexandre. Esse processo eleitoral tomou praticamente todo o tempo das aulas, sobrando em médio 15 minutos para alguma atividade. Na 1º D o professor usou o restante da aula para dar vistos nas atividades desenvolvidas na aula anterior, no 2º C foram tiradas algumas dúvidas da aula passada e também dado os vistos nos cadernos. No 3º B a turma por ser mais madura a disciplina era mais freqüente e após o discurso do candidato a direção do colégio o professor junto aos alunos decidiram detalhes da formatura dessa turma.

QUARTA AULA

Novamente no 1º D pude perceber que a sala tem realmente um número bem reduzido de alunos, certa de 15 no máximo. Nessa aula o tema foi Natalidade e Estado. Partindo de um texto do livro didático, a metodologia usava foi o pedido de leitura desse texto, onde após essa leitura uma breve explicação de como o Estado influencia na natalidade de seus respectivos países foi dada. A partir das explicações dadas em sala e da leitura do texto os alunos responderam três questões também do livro didático. Alguns alunos encontravam-se dispersos e outros por não terem prestado atenção não sabiam qual era a atividade a ser feita.

QUINTA AULA

Antes de a aula começar no 3º B, um profissional das Forças Armadas Brasileira (FAB) fez uma breve divulgação das vagas remanescentes para 2009, convocando os interessados. Na seqüência, com o tema Hidrelétricas, problemas ou benefício, a metodologia utilizada foi a mesma, leitura do livro didático e discussão.
A indisciplina nesta aula foi praticamente generalizada. Alguns poucos alunos desenvolverem a atividade proposta e outros saiam e entravam da sala como se não tivessem um professor presente. O que ficou marcado foi que dois alunos, um aluno e uma aluna ligaram seus celulares e ficaram ouvindo música na sala de aula. O pedido para desligar a música feito pelo professor só foi feito porque alguns alunos que tentavam concretizar a atividade reclamaram do barulho. A aula seguiu neste ritmo até o fim.

SEXTA AULA

A sala do 2º C está lotada de alunos e a indisciplina neste caso aumenta de forma difícil de ser controlada. Os alunos dessa turma e de algumas outras do colégio tem a mania de fazer uma “vaquinha” mesmo no meio das aulas e saem colégio para comprar sorvete. Os mesmo são consumidos dentro da sala de aula sem nenhum problema e sem nenhum questionamento por parte da direção e de professores.
O tema desta vez foi - Setor terciário de Serviços e Subemprego. O professor de forma oral fez algumas correções nas atividades escritas para toda a sala.

SÉTIMA AULA

No 1º D do ensino médio, dando seqüência às observações e a aula em si, o tema ainda percorria as Políticas Demográficas. Nesta aula foi usado um texto do livro didático sobre as políticas demográficas da França e seus desdobramentos para manter uma estrutura de trabalhadores assalariados e contribuintes palpável para a manutenção e o crescimento da economia francesa.

OITAVA AULA

De volta ao 2º D, a sala mais cheia de alunos e mais indisciplinada que podemos observar, o tema foi a Emenda 3. Foi explicado que o trabalhador é forçado a se tornar pessoa jurídica e emitir nota fiscal, como se fosse uma empresa. Com isso deixa de receber 13º, ferias, FGTS, vale transporte, vale refeição, assistência medica, aposentadoria e outros benefícios. Quando esse tipo de conteúdo se aproxima mais da vida cotidiana dos alunos é fato uma maior atenção na explicação e nas contribuições e aumento da participação dos alunos.

NONA AULA

Na penúltima aula de nossas observações realizada no 3º D, foi dada continuidade nas questões energéticas, dessa vez tendo como foco a questão do petróleo. Foi dada uma pequena explicação das políticas mundiais do petróleo, OPEP e outras organizações como também um breve resumo da política brasileira através da Petrobras. Foram relatados aspectos como sustentabilidade nacional, importância da estatal para o pais e seus últimos descobrimentos e conseqüente alta no preço de suas ações. No final da aula foi pedido que os alunos respondessem duas perguntas do livro didático e que em casa estudassem para a prova que seria realizada na próxima aula.

DECIMA AULA

Chegando ao fim dessa fase da disciplina de Ensino de Geografia e Estágio de Vivência docente, podemos observar a ultima aula da segunda parte das exigências da disciplina.
Nessa aula, que aconteceu no 1º D, foi dado aos alunos uma avaliação. Como de rotina, sentamos nos fundos da sala e observamos o processo. Mesmo sendo um dia de avaliação podemos perceber muita conversa e brincadeiras dentro da sala de aula. É difícil acreditar que se possa fazer uma boa prova naquela situação de euforia e displicência, o que nos faz refletir e com uma grande preocupação nosso papel futuramente dentro de sala de aula e que metodologia utilizar para uma melhor qualidade das aulas e do aproveitamento das mesmas.

CONCLUSÃO

Finalmente chegamos ao final de mais uma disciplina e dessa vez mais orientados e menos amedrontados. Os textos lidos em sala de aula e todas as atividades realizadas poderiam gerar equívocos sem essa prática de analise proporcionada pela disciplina de Ensino de Geografia e Estágio de Vivência docente e de Psicologia da Educação.Se a nós só fosse possível se fechar em textos em sala de aula, isso poderia causar grandes decepções e inseguranças. A práxis aqui realizada proporciona a nós, futuros professores, um quadro atualizado da realidade escolar, no que diz respeito ao papel do aluno e do professor no ensino, aprendizagem e no desenvolvimento social desses jovens e adolescentes numa formação não só apenas para o conhecimento, mas também para prepará-los para a vida cotidiana dentro e fora de sala de aula.

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Observação - 1º semestre - 6ª série do ensino fundamental.

INTRODUÇÃO

Atendendo ao pedido da disciplina de Ensino de Geografia e Estágio de Vivência Docente, ofertada no 3º ano do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina e ministrado pela Prof. Dr. Rosely Sampaio Archela, este relatório tem como objetivo a discrição da observação realizada em sala de aula entre os dias 06 e 13/06/08 na 6ª série A e 6ª série B do ensino fundamental do Colégio Estadual Willie Davids no período da tarde. Sob a supervisão do Prof. Alexandre Orsi (professor formado pela UEL) foram observadas 10 aulas da disciplina de Geografia, onde foi possível analisar além do conteúdo ministrado em sala aula, atividades desenvolvidas pelo professor, atividades desenvolvidas pelos alunos e alguns temas de suma importância para construção de uma carreira docente futura como indisciplina, sexualidade, violência e outros.
A observação feita pelos discentes Valter Vinícius V. Alves e Lucas Gusmão Mendes tem como finalidade aproximar os mesmos da realidade escolar e analisar empiricamente todos os problemas levantados teoricamente em sala de aula nas discussões em grupo e nos textos lidos.


OBSERVAÇÃO E ANÃLISE

A observação foi realizada nos dias 06, 12 e 13/06/08 em duas turmas de 6ª séries, as turmas A e B. O que talvez tenha prejudicado foi o fato de que tivemos contato com apenas duas turmas, reduzindo o número de alunos que podemos observar, levando em conta que o colégio é composto por várias outras turmas com outras séries e mais algumas dezenas de alunos. Um ponto positivo foi que pelo fato de assistirmos cinco aulas em casa turma houve a possibilidade de ter um contato maior com os alunos, podendo nos aproximar de alguns e identificar vários perfis de alunos como os disciplinados e indisciplinados ou o “aluno-problema”.
As quatro primeiras aulas observadas no dia 06/06 foram nas duas turmas, A e B divididas em duas aulas para cada turma.

6ª B – PRIMEIRA AULA E SEGUNDA AULA

A turma tem certa de 24 alunos e quando chegamos à primeira vez na sala de aula o que encontramos foi uma euforia geral por parte dos alunos, correndo dentro de sala de aula e nos corredores. Antes de chegarmos à sala já fomos avisados pelo professor que essa turma era complicada, que a indisciplina nesta sala seria notavelmente maior do que na turma A.
Fomos apresentados aos alunos que nos receberam muito bem e falamos um pouco sobre o que estávamos fazendo ali com eles em sala de aula e como funcionariam nossas observações.
Como nos encontrávamos na Semana Mundial do Meio Ambiente o professor Alexandre optou por aproveitar a data comemorativa e trabalhar este tema como tema transversal ao que estavam seguindo no livro didático que era em relação ao Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Foi passada no quadro um questionário com quatro questões sobre o assunto e os alunos teriam que responder esse breve questionário. O que pude observar foi que apenas uma pequena parte da sala fazia a atividade, outros alunos se encontravam dispersos, andando pela sala, conversando e fazendo piadas uns dos outros. Alguns terminaram a atividade e logo se pode notar o interesse por parte de alguns.
Na segunda aula o professor dividiu a turma em três partes e a aula seria fora de sala, aos arredores do colégio onde os alunos observariam questões relacionadas a problemas ambientais. A eles foi pedido que analisassem o que estaria certo, errado e soluções para o ambiente. A participação foi bem mais numerosa pelo fato de estarem fora de sala de aula e fazendo uma atividade diferente. Ao final da aula os alunos leram as anotações que fizeram e houve uma pequena discussão sobre a aula.

6ª A – TERCEIRA AULA E QUARTA AULA

Como já nos tinha sido orientado, a turma A seria uma turma mais fácil de trabalhar, esse fato foi visível logo que entramos em sala. A turma com 25 alunos apesar da conversa pareceu ser uma turma mais serena, mais interessada e talvez mais madura.
A atividade passada pelo professor foi a mesma que a da turma B, um questionário com as mesmas quatro questões a serem respondida pelos alunos e entregue no final da aula. Nesta turma a atividade foi cumprida num tempo menor que na outra sala e por uma maior quantidade de alunos.
Na quarta e ultima aula de observação os alunos, como na turma B, foram a campo, analisaram o que estava de errado, o que estava correto e quais as soluções para o meio ambiente daquele local, as proximidades do Colégio Willie Davids. Ao fim da observação o professor colocou os alunos sentados na escadaria do colégio e pediu pra eles lerem as anotações, partindo para uma discussão geral sobre o tema abordado.
Esse tipo de atividade em sala de aula foi explicada a nós pelo professor. Ele nos orientou que os alunos gostam desse tipo de aula e que tirar eles do ambiente de sala pode ser bem produtivo posto que o ambiente da sala torna-se cansativo e repetitivo. Os alunos têm energia em sobra e às vezes essa energia precisa ser canalizada para o ambiente em sala ser modificado e melhorado.

6ª B – QUINTA AULA

Esse seria nosso 2º dia de observação e seria nossa 3ª aula em cada uma das séries. Nesta quinta aula foi pedido pelo professor que os alunos elaborassem a partir dos temas estudados nas aulas passadas sobre Meio Ambiente duas perguntas, uma em forma de V e F e outra que deveria conter cinco alternativas onde uma dessas cinco deveria estar certa ou errada. No inicio surgiram muitas duvidas e os alunos sentiram um pouco de dificuldade para elaborar as questões, mas com uma segunda explicação mais detalhada sobre o que fazer, a atividade ocorreu normalmente, tirando a indisciplina corriqueira naquela turma. Os alunos levantaram muito durante e aula, pedem pra ir ao banheiro quase que o tempo todo.
A atividade foi feita e entregue por maior parte dos alunos, e os que não a fizeram deveriam entregar na próxima aula.

6ª A – SEXTA AULA

Novamente, e com uma postura menos eufórica em relação à outra turma, a turma A aguardava o professor e pareciam também já esperar por nossa presença.
Como na aula anterior que tinha acabado de acontecer na turma B, foi pedido aos alunos a mesma elaboração de duas perguntas. A mesma dificuldade que a turma anterior tinha tido se repetiu mais uma vez, talvez pela explicação do professor que não ficou tão clara ou talvez pela complexidade de formular perguntas não convencionais como o formato pergunta/resposta.
Alguns alunos que acabaram ficando mais próximos de nós nos recorreram que os ajudassem. Foi uma experiência boa pra mim, levando em consideração um primeiro contato direto com os alunos e dando a possibilidade em abrir suas mentes para que pudessem concluir a atividade pedida.
A atividade foi entregue e mais uma vez alguns alunos dispersos e sem interesse não entregaram. O professor usa da metodologia de deixar um visto nos cadernos em todas as atividades feitas. Segundo ele isso serviria para um maior controle das atividades e como um estimulo (reforço) aos alunos.

6ª B – SÉTIMA AULA E OITAVA AULA

Terceiro e ultimo dia de observação. Neste dia foi observado as ultimas quatro aulas que compunham um total de dez aulas, mínimo exigido pela disciplina de Psicologia da Educação a ser observadas.
Mais uma vez o professor Alexandre optou por fazer a aula fora de sala de aula. Usando o livro didático o professor orientou que fila por fila os alunos pudessem descer ao pátio e individualmente fizessem uma leitura silenciosa do capitulo do livro que tratava sobre o tema Desenvolvimento Sustentável no Brasil.
De inicio eu achei que essa atividade não fosse funcionar, que os alunos ficariam dispersos e que não leriam o que foi pedido. No inicio o professor pediu pra que eu ficasse em sala de aula enquanto todos desciam para o pátio. Depois de alguns minutos acabei por descer e acabei me surpreendendo. Poucos alunos encontravam-se dispersos e a grande maioria praticava a leitura em silencio, mas normalmente em duplas.
Faltando alguns minutos para o final da aula o professor recolheu todos os alunos para realizar a chamada.
Na ultima aula desta turma, a partir da leitura feita e a partir dos temos que estavam trabalhando a algumas aulas atrás, foi pedido aos alunos que elaborassem um texto com cerca de quinze linhas, onde tratariam do tema Meio Ambiente com foco para a cidade de Londrina. O texto deveria conter analises de como a cidade se encontrava antes de sua colonização e como ela se encontra nos dias de hoje.
O resultado da atividade foi alcançado. Fiz uma pequena leitura de alguns que não tiveram vergonha de me mostrar os trabalhos ao contrario da maioria e pude perceber uma contextualização dos assuntos desde a primeira até a ultima aula observada por nós.

6ª A – NOVA AULA E DECIMA AULA

Chegamos aqui as duas ultimas aulas de observação e como aconteceu nos outros dias ela seria a mesma que a turma B tinha acabado de assistir.
Os alunos foram em direção ao pátio e realizaram a leitura, novamente em duplas, mas a grande parte se concentrava na leitura e a concretizaram.
Ao termino da leitura os alunos foram convidados a subir para a sala de aula, após a chamada como aconteceu na outra turma foi pedido aos alunos que produzissem um texto que abrangesse a questão ambiental estudada há algumas semana, mas agora com o foco para a organização e colonização de Londrina.
Mais uma vez e como na outra sala a atividade foi concluída por boa parte dos alunos, mas dessa vez não tive a oportunidade de ler o resultado final
Como essa turma se portava notavelmente mais interessada, acredito que o trabalho tenha respondido as exigências do professor.

CONCLUSÃO

Finalmente chegamos ao final da disciplina e dessa vez mais orientados e menos amedrontados. Os textos lidos em sala de aula e todas as atividades realizadas poderiam chegar a equívocos sem essa prática de analise proporcionada pela disciplina de Psicologia da Educação.
Se a nós só fosse possível se fechar em textos em sala de aula, isso poderia causar grandes decepções e inseguranças. A práxis aqui realizada proporciona a nós futuros professores um quadro atualizado da realidade escolar, no que diz respeito ao papel do aluno e do professor no ensino, aprendizagem e no desenvolvimento social desses jovens e adolescentes numa formação não só apenas para o conhecimento, mas também para prepará-los para a vida cotidiana dentro e fora de sala de aula.

Avaliação